Colonização precoce in ovo ou via spray: os impactos na qualidade do pintinho
21/10/2022Integridade intestinal é essencial para reduzir a conversão alimentar e aumentar a lucratividade
19/12/2022O mercado de ovos brasileiro cresce ano a ano: 2021 fechou com um volume 9,1% maior no comparativo com o ano anterior e a previsão é de 3% a mais para esse ano, chegando a 56,200 bilhões de unidades até o fim de 2022.
A produção acompanha o consumo, que também vem em uma crescente. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), cada brasileiro consome, por ano, 257 ovos, o que representa mais de 55% do que se consumia há dez anos, quando eram 163 ovos per capita.
Nessa evolução do mercado, há duas questões importantes. A primeira é motivo de preocupação constante para o segmento de postura: como manter a produção de ovos seguros? Já a segunda ganha contornos cada vez mais nítidos em meio à alta demanda interna e busca por mercado externo: o que fazer de “diferente” em meio à competitividade?
Para ambas, a resposta está na colonização precoce das poedeiras comerciais. É sobre isso que vamos falar neste conteúdo, que tem a contribuição do Gerente de Negócios da área de postura comercial da Biocamp, Nelson Haga.
Como manter a produção de ovos seguros?
Ovos seguros são produzidos por aves livres de patógenos e de contaminantes. Considerando que as reprodutoras leves e as poedeiras comerciais são aves de vida longa, podendo ultrapassar 100 semanas de vida, é possível imaginar o trabalho árduo dos produtores, já que os desafios estão presentes desde o primeiro dia de vida do pintinho.
Para assegurar a qualidade e a segurança dos ovos, os procedimentos de biosseguridade são fundamentais. Como exemplo, Nelson cita o alojamento de um novo lote na granja, que acaba sendo um momento muito importante da produção: é o início de um novo ciclo planejado com bastante detalhamento e antecedência.
“Até a chegada do caminhão com os pintinhos com um dia de idade, muito já foi feito. Descarte e mudança do lote anterior, limpeza, manutenção, desinfecção e preparação do aquecimento. É um trabalho árduo, pesado e por vezes extenuante. É uma corrida constante contra o tempo”, diz Nelson.
Quando os pintinhos chegam, uma parte do projeto foi cumprida, mas há o desafio de corrigir os erros e repetir os acertos para que o novo lote de aves tenha melhor uniformidade, viabilidade e mais peso.
Acontece que os rígidos procedimentos de limpeza, higiene e desinfecção realizados na granja de matrizes, no incubatório e também na granja comercial acabam bloqueando e impossibilitando que a microbiota da mãe passe de forma intensa e consistente para a pintainha no primeiro dia de vida.
“Assim, a pintainha não ingere as bactérias benéficas que já ajudaram na formação do equilíbrio da saúde dos pais (genitores) e também do ambiente onde eles vivem”, explica Nelson.
Colonização precoce: solução para evitar enterites
A microbiota é formada por microrganismos que habitam o intestino das aves, especialmente bactérias. Para promover a integridade intestinal e favorecer o ganho de peso das aves e uniformidade dos lotes, ela precisa estar em equilíbrio (a chamada eubiose). Isso significa que bactérias benéficas têm que estar competindo, o tempo todo, com as patogênicas.
Se há desequilíbrio entre as bactérias benéficas, prevalecendo as patogênicas como Clostridium perfringens, Clostridium colinum, salmonelas e APECs, entre outras, isso pode colocar em risco a integridade intestinal das aves.
A Duodenite Focal Necrosante (DFN), por exemplo, é um dos principais desafios no mercado de postura comercial. Associada a infecções pelas bactérias Clostridium perfringens e Clostridium colinum, ela provoca, nesta etapa de alojamento de um novo lote, a desuniformização e aumento da mortalidade.
“Assim, fica mais difícil alcançar o objetivo de formar um lote de frangas prontas para a produção e que traga resultados positivos na fase produtiva, como precocidade, persistência de produção, conversão e ovos de bom peso e qualidade de casca”, reforça Nelson.
A solução está em fornecer produtos probióticos de múltiplas cepas bacterianas, ainda no incubatório, que ajudam na colonização precoce da microbiota dos pintinhos de poedeiras comerciais.
Como fazer a diferença no mercado?
Os probióticos contribuem para estabelecer uma microbiota equilibrada, saudável e protetiva aos desafios de bactérias patogênicas. Esse é o ponto de partida para manter a produção de ovos seguros e também para fazer a diferença em meio à competitividade de mercado.
Lotes de aves criadas com uso de probióticos têm menos problemas de enterites e diarreias, melhor desempenho no ganho de peso corporal, melhor uniformidade e maior viabilidade. Mas é importante salientar que probióticos NÃO são todos iguais, que há concentração e quantidade mínimas a serem consumidas para que realmente tragam os efeitos desejados.
Por isso é fundamental contar com um programa customizado para a sua granja, desenvolvido por técnicos especialistas e com uso de produtos confiáveis e ideais para a colonização precoce, como o Colostrum® Bio 21 Líquido. Fale com a Biocamp e veja como podemos ajudar!