Micoplasmose: qual vacina confere maior proteção?
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12/09/2022A resposta para essa pergunta do título pode variar. Em países e criações avícolas com medidas frágeis de biosseguridade, a coriza infecciosa das galinhas é uma doença endêmica. Já em regiões avícolas desenvolvidas, ela esteve, por um bom tempo, controlada. No entanto, tem sido comprovado que há desafios da enfermidade em estabelecimentos avícolas mesmo com vacinação frequente.
Essa situação recentemente vista em plantéis brasileiros pode ser atribuída a alguns fatores. Um deles é o fato dos alojamentos estarem maiores e com maior adensamento de aves, o que facilita a contaminação horizontal (da ave infectada para a ave saudável). Outro fator é que podemos estar diante de cepas variantes de Avibacterium paragallinarum — assim como ocorreu em zonas avícolas da África do Sul.
“A coriza infecciosa é uma doença de difícil controle quando há cepas variantes, porque, no desenvolvimento de uma vacina, são elegidos apenas alguns sorovares de Avibacterium paragallinarum, que podem ser diferentes dos que circulam no campo”, explica o Gerente de Negócios da Biocamp, Nelson Haga.
O próprio programa vacinal também pode estar desalinhado e ser um fator que contribui para o aparecimento de novos casos de coriza infecciosa. Pode haver uma concentração inadequada de bactéria (antígeno) ou uma resposta imune tardia ou insuficiente.
“Além disso, vacinas inativadas contra a coriza infecciosa associadas a outros agentes bacterianos e virais são boas alternativas considerando o custo-benefício, mas acabam tendo menor especificidade de resposta. Então, quando há associação de imunizantes no mesmo produto, pode acontecer de perder a eficácia”, diz Nelson.
Considerando tudo isso, qual é a melhor forma de prevenir atualmente o plantel contra a coriza infecciosa?
Manejo e vacinação
Boas práticas de manejo associadas a um rigoroso protocolo vacinal são fundamentais para prevenir e conter a coriza infecciosa. Como a bactéria Avibacterium paragallinarum dificilmente sobrevive fora do hospedeiro, medidas eficientes de manejo já contribuem para seu controle — confira aqui 7 medidas de biosseguridade para granjas de poedeiras comerciais.
No entanto, a melhor ferramenta de prevenção é a imunização das aves. E um programa de vacinação eficaz é aquele em que as vacinas são escolhidas de acordo com os desafios de campo presentes. A primeira recomendação é proteger o lote contra a micoplasmose, doença oportunista que pode agravar os sintomas de coriza infecciosa. Falamos mais sobre o assunto aqui.
A segunda recomendação é para proteger o lote diretamente contra a coriza infecciosa. Atualmente, há no mercado vacinas que possuem os sorotipos A, B e C de Avibacterium paragallinarum e garantem ampla proteção frente aos desafios de campo. No entanto, diante de um possível cenário de cepas variantes, a vacina autógena acaba sendo uma das principais alternativas para controle — e precisa ser considerada.
Vacinas autógenas: medida eficaz contra cepas variantes
As vacinas autógenas são indicadas quando as vacinas comerciais de linha não conferem proteção apropriada às aves. Elas entram para controlar o surto de uma doença já presente no plantel ou para garantir a imunidade dos lotes que são alojados na mesma propriedade.
Também conhecidas como vacinas autólogas ou autovacinas, são produtos customizados produzidos para atender as necessidades específicas de prevenção às doenças na propriedade, já que são preparadas com o próprio agente que está causando a doença infectocontagiosa.
Nelson recomenda duas doses de vacina autógena contra a coriza infecciosa, a primeira entre 5 a 6 semanas e a segunda entre 12 a 14 semanas, e reforça que esse tipo de medida já tem sido aplicado de maneira efetiva em alguns plantéis onde há desafio de coriza infecciosa.
Se você entende que o inverno é um período crítico para a avicultura de postura comercial e quer prevenir sua granja contra problemas respiratórios e perdas produtivas, veja como ajustar seu programa de vacinação de modo a não deixar a coriza infecciosa entrar no plantel. Fale com os técnicos da Biocamp!
Agora, se você já está enfrentando esse desafio atualmente na sua granja, conheça a AutoVac®! A vacina desenvolvida pela Biocamp e aprovada pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) passa por rigoroso controle de qualidade para diminuir as perdas de produção.