O QUE É MG?
Mycoplasma gallisepticum (MG) é o agente que provoca a micoplasmose, doença respiratória nas aves. O micoplasma é uma bactéria da classe Molicutes, um microrganismo bem pequeno, que infecta a ave pela via respiratória e se aloja nas mucosas do trato respiratório, especialmente sacos aéreos.
QUAIS PREJUÍZOS MG TRAZ ÀS AVES?
Lotes de aves acometidos por Mycoplasma gallisepticum, tem prejuízos enormes. MG afeta os sistemas respiratório e reprodutor das aves, com perda de produção de ovos e na qualidade dos mesmos, aumentando ovos de segunda linha: ovos sem casca, de casca fina, trincados e quebrados.
COMO A MICOPLASMOSE É TRANSMITIDA?
A transmissão de MG pode ser por via vertical ou horizontal.
A transmissão vertical, ocorre da reprodutora para a progênie, pelos ovos férteis contaminados. É importante a aquisição de aves de reposição provenientes de fornecedores livres de MG.
A transmissão horizontal da ave infectada ou doente para a ave saudável, é a principal via de disseminação da enfermidade. Ocorre através de aerossóis e penas que carregam MG de uma ave a outra. Dentro das instalações, MG pode ainda ser disseminado por equipamentos e pessoas, os quais favorecem a introdução e perpetuação da enfermidade nas granjas, principalmente naquelas com lotes de múltiplas idades.
A implantação de programas de biosseguridade e vacinação, são medidas muito importantes para o controle das micoplasmoses.
COMO AGEM E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS RELACIONADOS AO USO DE PRODUTOS DE EC E PROBIÓTICOS?
A transmissão de MG pode ser por via vertical ou horizontal.
A transmissão vertical, ocorre da reprodutora para a progênie, pelos ovos férteis contaminados. É importante a aquisição de aves de reposição provenientes de fornecedores livres de MG.
A transmissão horizontal da ave infectada ou doente para a ave saudável, é a principal via de disseminação da enfermidade. Ocorre através de aerossóis e penas que carregam MG de uma ave a outra. Dentro das instalações, MG pode ainda ser disseminado por equipamentos e pessoas, os quais favorecem a introdução e perpetuação da enfermidade nas granjas, principalmente naquelas com lotes de múltiplas idades.
A implantação de programas de biosseguridade e vacinação, são medidas muito importantes para o controle das micoplasmoses.
COMO SABER SE MINHA GRANJA TEM PROBLEMAS COM MG?
Sinais do comprometimento do sistema respiratório são os mais fáceis de verificar. Presença de aves com dificuldade respiratória, sinusites, estertores (ronqueira), espirros e corrimento nasal.
Já o envolvimento do sistema reprodutor é mais difícil de se verificar, pois MG silenciosamente diminui a produção e afeta a qualidade da casca dos ovos.
Ademais, MG abre portas a outros agentes e, geralmente encontra-se associado a eles: E.coli, BIG (Bronquite Infecciosa das Galinhas), Coriza, Pasteureloses, … provocando as síndromes respiratórias. Estas síndromes podem tomar um curso longo evoluindo para DCR (Doença Crônica Respiratória).
O auxílio de laboratórios de patologia aviária, com provas específicas, é muito importante no diagnóstico das micoplasmoses.
O USO DE ANTIMICROBIANOS ELIMINA O PROBLEMA?
Não, o uso de medicamentos tem ação curta e superficial sobre o agente. O Mycoplasma gallisepticum, por colonizar os sacos aéreos, é pouco afetado pelos antimicrobianos, uma vez que este local é pouco vascularizado, portanto, de baixo alcance aos medicamentos.
O uso frequente e indiscriminado de antimicrobianos, pode induzir o desenvolvimento de resistência do MG, além de outras bactérias, a estes produtos.
QUAIS TIPOS DE VACINAS ESTÃO DISPONÍVEIS?
Três tipos de vacinas estão disponíveis:
- Vacinas vivas atenuadas – cepas de MG naturalmente atenuadas, que foram isoladas no campo e trabalhadas para uso como vacina.
- Vacinas vivas recombinantes – aquelas que contém a inserção de parte da estrutura do MG em um vetor viral vacinal.
- Vacinas inativadas– o MG é inativado e colocado em um veículo oleoso.
QUAL VACINA TEM MELHOR PROTEÇÃO?
A vacina com a cepa viva atenuada MG-F, é a que apresenta melhor eficácia. A vacina induz a proteção da mucosa traqueal, dos sacos aéreos e do sistema reprodutivo, garantindo a produtividade das poedeiras (Avian Diseases, 56:272-275 (2012) The Efficacy of Three Commercial Mycoplasma gallisepticum Vaccines in Laying Hens N.Ferguson-Noel, K.Cookson, V.A.Laibinis, S.H.Kleven).
COMO MONITORAR A RESPOSTA DA VACINA PARA MG?
A resposta da vacina pode ser monitorada por teste sorológicos, detectando os anticorpos vacinais em análises qualitativas como o teste de SAR (Soro Aglutinação Rápida) em placa; ou em análises quantitativas em testes de Elisa.
A resposta mensurada pela SAR, pode ser realizada a partir de 4 semanas após a vacinação. Para o teste de Elisa, precisa-se de mais tempo, este deve ser realizado preferencialmente após 6 semanas da vacinação.
A diminuição de sinais respiratórios e estabilidade na produção, por longos períodos, são indicativos de resposta positiva ao programa de vacinação implantado na granja.
QUAL PROGRAMA DE VACINAÇÃO USAR?
O programa de vacinação pode ser realizado com uma dose de vacina, ou duas doses em locais com alto desafio.
A primeira dose deve ser feita preferencialmente na fase de cria, entre 4 a 6 semanas, não antes dessa idade, e a segunda dose, na fase de recria de 8 a 12 semanas.
QUE CUIDADOS DEVO TOMAR NA VACINAÇÃO?
É imprescindível que a cepa vacinal de MG-F chegue no sistema respiratório das aves, através da vacinação, antes da cepa desafio de campo. O teste de SAR é um teste rápido e sensível para atestar a negatividade das aves para MG, antes da vacinação.
A aplicação da vacina MG-F deve ocorrer com um intervalo de 7 dias, antes ou depois, de outras vacinas para doenças respiratórias (BIG, NCD, MPV, LTI).
QUAIS VIAS DE APLICAÇÃO DA VACINA MG-F?
A via preferencial de aplicação da vacina é por gota ocular. A vacina também pode ser administrada por via spray, porém esta via requer maiores cuidados na aplicação. A via água de bebida, apesar de descrita, deve ser evitada.
POSSO VACINAR REPRODUTORAS COM ESTA VACINA?
No Brasil, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) proíbe o uso desta vacina em lotes de aves reprodutoras leves e pesadas.
POSSO VACINAR PERUS COM A MG-F?
Não, não é indicada o uso da vacina MG-F em perus. Os perus são altamente sensíveis à cepa vacinal de MG-F.