Salmonella: dos riscos às soluções
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28/09/2023A indústria avícola tem buscado, cada vez mais, estratégias naturais para melhorar a saúde e o desempenho dos plantéis, desde os estágios iniciais de vida das aves. Nesse contexto, os probióticos têm se destacado como uma alternativa promissora para promover o equilíbrio da microbiota intestinal e reduzir a inflamação das mucosas, aumentando os índices de produtividade e o bem-estar dos animais.
Entre as formas de administração de probióticos, a aplicação via spray em incubatórios tem ganhado atenção por sua praticidade e potencial efetivo, já que tem impactos positivos sobre a colonização precoce.
A colonização precoce se refere ao estabelecimento inicial de uma microbiota benéfica no trato gastrointestinal das aves logo após o nascimento. Durante os primeiros dias de vida, este sistema está sujeito a uma rápida colonização por diferentes microrganismos, incluindo bactérias comensais, oportunistas e patogênicas. A colonização precoce, portanto, é um processo crucial, influenciando o desenvolvimento do sistema imunológico, a digestão e absorção de nutrientes, além de desempenhar um papel importante na competição e prevenção contra disbiose e consequente risco de superpopulação de bactérias patogênicas.
Neste artigo, discutiremos os pontos críticos a serem considerados ao aplicar probióticos via spray no incubatório.
A escolha do probiótico
A escolha do probiótico a ser utilizado é fundamental para obtenção dos benefícios esperados. É importante selecionar cepas probióticas comprovadamente eficazes e seguras para aves, que tenham a capacidade de aderir e colonizar o trato gastrointestinal.
Aplicar probióticos de múltiplas cepas láticas ou de exclusão competitiva ainda no incubatório favorece a formação de uma microbiota benéfica e aumenta a proteção contra bactérias patogênicas.
Formulação, concentração e apresentação do probiótico
A formulação do probiótico para a aplicação via spray deve ser cuidadosamente desenvolvida. Fatores como a viabilidade das cepas, a compatibilidade entre as diferentes cepas presentes na formulação e a estabilidade do produto devem ser considerados. Além disso, a concentração adequada dos probióticos na solução de pulverização é crucial para garantir a eficácia do tratamento.
Por exemplo, para cada caixa com 100 pintinhos, o ideal é que o volume aplicado seja entre 15 e 21 mL da solução probiótica. Uma dica importante é incluir o uso de corantes, pois ele desperta a curiosidade das aves e favorece o consumo do probiótico e a visualização da qualidade da aplicação. O resultado é altamente positivo quando 95% dos pintinhos ou mais estão com a língua corada, provando a ingestão da solução.
Também é preciso ficar atento ao tamanho e uniformidade das gotas, que devem ter diâmetro aproximado de 200 micras, facilitando o consumo do probiótico pelos pintinhos. Para isso, o desenvolvimento de uma apresentação líquida do probiótico foi um passo fundamental para não alterar o tamanho e a uniformidade das gotas.
Equipamentos e técnica de aplicação
A escolha dos equipamentos de aplicação e a técnica adequada são pontos críticos para o sucesso da administração de probióticos via spray. A pressão e o ângulo de pulverização devem ser ajustados de acordo com as características do ambiente e das aves, garantindo uma distribuição homogênea do probiótico sobre as aves.
Dica:
Um teste inicial pode ser realizado fazendo a aplicação apenas no fundo de papelão da caixa, onde pode ser avaliada a distribuição da solução em toda a superfície da mesma.
Aplicação:
Momento e cuidados na aplicação
O momento e os cuidados de aplicação dos probióticos via spray são aspectos cruciais a serem considerados. O período pós-eclosão, ou seja, logo após o nascimento, é o mais recomendado para a administração dos probióticos. Para que o futuro não seja incerto, é preciso correr contra o tempo e colonizar o pintinho com uma microbiota benéfica o mais rápido possível.
Cuidados após aplicação do probiótico
Após aplicação do probiótico, é importante que as caixas com os pintinhos sejam mantidas em local sem corrente de ar (longe de exaustores e ventiladores) para não acelerar a secagem das penugens, que deve ser no mínimo de 10 a 15 minutos, otimizando o consumo da solução através do bico.
Por fim, a constante avaliação dos resultados, para os devidos ajustes e correções necessárias, também é fundamental para o sucesso da aplicação. Com a devida atenção a esses aspectos, podemos melhorar os índices de produtividade das aves, promovendo a saúde intestinal de maneira natural e reduzindo o uso de antimicrobianos na primeira semana de vida.
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