Tifo aviário: saiba mais sobre essa doença que pode ser devastadora para as granjas
14/04/2021Em prol da vida, naturalmente
09/05/2021O tifo aviário é uma das doenças que mais preocupam os produtores de ovos, ainda mais quando têm início as primeiras ondas de calor — que começam na primavera e se estendem, por muitas vezes, até meados do outono.
Mas quais são as medidas que ajudam a prevenir essa doença devastadora que pode levar à mortalidade de até 80% do plantel e representar grande perda econômica às empresas?
Aqui falamos sobre o que é o tifo aviário, quais animais são mais suscetíveis à doença e mostramos as medidas de biosseguridade que devem ser adotadas quando há presença do tifo aviário no lote para neutralizar as fontes de infecção.
Só que esperar “chegar” a contaminação para combatê-la não é o mais indicado, ainda mais considerando que o inimigo se propaga com facilidade. E os antibióticos, que podem ajudar a diminuir a taxa de mortalidade, não são capazes de eliminar a bactéria do lote.
Uma vez contaminadas, as aves permanecem com a bactéria e o tifo aviário pode retornar a qualquer momento — geralmente em situações de estresse. Como nenhum produtor de ovos quer viver à sombra desta possibilidade, um programa de vacinação adequado é indicado — aliado às medidas de biosseguridade.
Programa de vacinação
O programa de vacinação é fundamental para garantir imunidade às aves e ser um estímulo potente contra o tifo aviário. Vacinas vivas atenuadas estimulam o sistema imune da ave a produzir células de defesa e anticorpos contra a bactéria Salmonella Gallinarum (SG).
O uso de vacinas vivas compostas da estirpe rugosa SG 9R é uma prática mundialmente utilizada na avicultura para controlar a multiplicação bacteriana no organismo das aves.
Assim, as aves não demonstram sinais clínicos relacionados à infecção e reduzem a disseminação da bactéria para o ambiente — seja pelas fezes ou por meio da carcaça de aves mortas.
Programa de vacinação com a vacina da Biocamp
A CampVac® SG9R é uma vacina fabricada nas instalações da Biocamp, que segue rígidos protocolos de qualidade para disponibilizar ao mercado um produto seguro e eficaz. Ela pode ser aplicada via intramuscular ou oral.
Nelson Haga, Gerente de Negócios aqui na Biocamp, explica que, no campo, os programas de vacinação devem contemplar, no mínimo, duas doses na fase de recria das frangas.
“A vacinação é indicada via água de bebida para a proteção precoce. Isso significa que a primeira aplicação deve ser feita ao redor de 5 a 6 semanas”, orienta.
Depois, na segunda aplicação, é possível aproveitar o manuseio das aves para outros manejos para aplicação injetável intramuscular — preferencialmente no peito. Ela deve ocorrer por volta de 14 a 15 semanas.
Já na fase de produção, revacinações podem ser necessárias principalmente em poedeiras vermelhas, animais mais suscetíveis ao tifo aviário.
“Nestes reforços, a vacinação oral, via água de bebida, é mais indicada por ser prática, fácil e eficaz”, afirma Nelson, que orienta que elas podem ser feitas em intervalos de 10 a 16 semanas.
O Gerente ainda explica que em uma granja que sofre de um surto de tifo aviário e não há isolamento adequado entre os lotes ou núcleos (grupo de galpões) vizinhos, é importante vacinar todas as aves da granja, mesmo que sejam as brancas e que não apresentem sintomas.
Cuidados para a vacinação
Alguns cuidados devem ser adotados para aplicação das vacinas:
Vacinação intramuscular
Podem ser usadas seringas com êmbolo simples ou duplo. No entanto, se forem usadas as com êmbolo duplo, não é recomendado misturar vacinas nem aplicá-las no mesmo local.
Vacinação oral, via água de bebida
Devem ser usadas somente em água sem cloro, por ser um potente bactericida. O cloro deve ser retirado pelo menos dois dias antes da vacinação — ou ser feito uso de inativadores de cloro antes da diluição da vacina.
As aves também não podem fazer jejum hídrico, pois a vacina CampVac® SG9R é muito estável em temperatura ambiente. O ideal é fornecer volume de água para que o consumo seja feito entre 2 a 3 horas — no mínimo —, garantindo acesso e ingestão da água com a vacina pelas aves.
Além disso, as vacinas devem ser transportadas e conservadas sob refrigeração em uma temperatura de 2 a 8 graus Celsius e a aplicação deve estar alinhada às medidas de biosseguridade para que seja eficaz.
A vacina da CampVac® SG9R estimula o sistema imune da ave a produzir células de defesa e anticorpos contra a bactéria. A proteção celular por Linfócitos T é a melhor barreira imunitária para combater a doença. Se você quer manter sua granja longe do tifo aviário, conte com a Biocamp no programa de vacinação do seu plantel.