Vacina contra tifo aviário via oral traz ganhos no manejo

Um programa de vacinação, aliado a medidas de biosseguridade, tem se apresentado como a melhor alternativa para combater o tifo aviário, doença que representa grande perda econômica às granjas. Isso porque as vacinas vivas atenuadas estimulam o sistema imune da ave a produzir células de defesa e anticorpos contra a bactéria Salmonella Gallinarum (SG) — o sorovar causador do tifo aviário.

Aquelas que contêm a estirpe rugosa SG 9R já são mundialmente utilizadas para controlar a multiplicação bacteriana no organismo das aves. É o caso da vacina da CampVac^® SG9R, desenvolvida pelo laboratório da Biocamp.

Aqui, falamos sobre a importância da vacinação contra o tifo aviário e apresentamos as duas formas de aplicação: via intramuscular ou via oral, esta última administrada na água de bebida. Ambos os processos de vacinação com o programa da CampVac^® SG9R atingem os mesmos resultados, mas um deles traz redução de custos e melhor distribuição de recursos.

É sobre isso que vamos falar neste conteúdo, com a contribuição do Gestor de Negócios da Biocamp – Região Sul, Gilmei Antonio Balestrin, e do Gerente de Negócios da Biocamp, Nelson Haga.

Aplicação de vacina injetável vs oral

O sistema de produção de ovos vem mudando na última década. De um lado, há cada vez mais granjas e grandes complexos de aves criadas soltas; do outro, os novos galpões automatizados (geralmente climatizados) têm recebido maior número de aves poedeiras — há novos galpões que alojam de 180 a 220 mil poedeiras sob o mesmo teto.

Via Injetável

Nelson explica que, como a aplicação da vacina contra o tifo aviário via injetável é um processo individual, o manejo é diferente para cada um dos sistemas abaixo descritos:

• Sistema de aves criadas livres de gaiolas
  Neste caso, parte do lote tem que ser contida em um cercado e as aves pegas uma a uma. Elas precisam ser contidas da forma correta, juntando as duas patas com a mão, para serem apresentadas ao aplicador da vacina. A aplicação da injeção se dá no músculo peitoral ou na coxa das aves. Vacinada, a ave é solta em outra parte do galpão, separada por telas. O processo é repetido até a vacinação total do lote.
• Sistema de aves criadas em gaiolas automatizadas
  Como exemplo, vamos citar um sistema de aves criadas em baterias verticais com 5 a 7 andares de gaiolas. Primeiro, é preciso chegar ao nível das aves, seja por andaimes móveis ou estáticos. A ave é contida uma de cada vez, assim como no sistema anterior: juntando as duas patas com a mão para que a aplicação ocorra no músculo peitoral ou na coxa das aves.

Via oral

Agora, quando falamos em vacinação via oral, aplicada na água de bebida, todas as aves do galpão são vacinadas ao mesmo tempo. Elas não precisam ser contidas ou manuseadas, não há necessidade de telas (no sistema livre de gaiolas) nem de andaimes (no sistema de aves criadas em gaiolas).

Vacina oral: vantagem operacional às granjas

“A aplicação da vacina contra o tifo aviário via água de bebida possibilita que manejos de vacinação que levariam dias para serem concluídos — e associados a um forte estresse nas aves — possam ser realizados em apenas poucas horas e sem interferência no comportamento das aves”, diz Gilmei.

O estresse das aves é maior na aplicação de vacinas injetáveis por causa do barulho do deslocamento, montagem e movimentação de equipamentos (como os andaimes), do grande número de pessoas dentro do galpão, da aplicação da vacina em si e da necessidade de conter e manusear as aves.

Sendo assim, a administração da vacina via oral traz evidentes vantagens operacionais às granjas, com redução de:

• Etapas na rotina de trabalho;
• Tempo de trabalho;
• Custos com mão de obra;
• Perdas por manejo;
• Impacto no comportamento das aves.

Nelson exemplifica com números, conforme ilustramos abaixo:

Nelson explica que o tempo estimado no infográfico para vacinação aplicada via intramuscular pode variar, a depender das características do galpão ou do programa de vacinação. “Há necessidade de grande mão de obra para o manejo da vacinação injetável. Quando se tem uma equipe de vacinação interna, da própria granja, vários dias são necessários”, resume Nelson.

Ele usa como exemplo a situação que ocorre em algumas granjas que não contam com pegadores de aves. Cada vacinador faz o seu trabalho individualmente. Isso significa que geralmente são necessários cerca de 20 vacinadores para vacinar um lote de 100.000 poedeiras contra o tifo aviário em um único dia (ou mais dias se houver menor número de aplicadores de vacina). “É um número bastante expressivo e que impacta em gastos e tempo dos profissionais”, reforça.

Ainda que equipes de vacinação terceirizadas possam ser contratadas para otimizar o trabalho, é possível incorrer em outro problema. “Além do custo dispendioso em época de gastos elevados para a produção de ovos, várias pessoas entram no galpão. Torna-se mais complexo cumprir medidas de biosseguridade como banho, troca de roupa e vazio sanitário de 72 horas sem o contato com aves de outras granjas”. Assim, pode aumentar o risco de contrair tifo aviário e outras doenças.

Frente a tudo isso, a vacinação com a CampVac® SG9R, via água de bebida, se torna um manejo bastante atrativo operacionalmente e financeiramente para as granjas de poedeiras comerciais.

CampVac^® SG9R: líquida e liofilizada

A CampVac^® SG9R, desenvolvida pela Biocamp Laboratórios, é uma vacina viva atenuada eficaz contra o tifo aviário. Ela estimula o sistema imune da ave a produzir células de defesa e anticorpos contra a bactéria Salmonella Gallinarum (SG) e possibilita a aplicação combinada entre vacinação injetável e vacinação via água de bebida de modo a manter a eficácia do programa e trazer benefícios no processo de manejo com as aves.

É indicada para a imunização de lotes de poedeiras comerciais em duas doses na fase de recria das frangas. Também podem ser necessárias revacinações na fase de produção, principalmente em poedeiras vermelhas, animais mais suscetíveis ao tifo aviário.

A vacina tem duas apresentações: líquida e liofilizada. Ambas podem ser administradas via água de bebida e trazem diferenciais de ganho no processo de manejo das granjas. Mas, vale lembrar que a Biocamp é a única empresa que tem uma apresentação de vacina líquida contra Salmonella Gallinarum já pronta para uso.

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